A alta do dólar pode beneficiar os produtores de alho do país. Caso a tendência de aumento da moeda estrangeira continue em ascensão a perspectiva é de que o produto interno tenha uma valorização, já que a qualidade do alho nacional é superior ao importando, principalmente o vindo da China. Nesta semana, o dólar estava cotado a R$ 2,60.
Conforme o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Olir Schiavenin, a principal razão do otimismo é a recuperação da competitividade no mercado internacional. “Todas as cotações médias de alho, seja chinês ou argentino, são feitas em dólar. Se o dólar está acima, consequentemente dificulta a importação, que será mais cara e isso beneficia o nosso alho”, pontua.
A tendência é que o preço melhore nos próximos meses. Até porque, conforme o presidente, essa não é uma época boa para a comercialização, visto que no período de férias, tende-se a diminuir o consumo do produto. “Historicamente não é um bom período, mas tudo indica que entre março a abril irá melhorar em todos os aspectos, inclusive no preço”, diz.
Na Serra Gaúcha, o alho já foi todo colhido e está armazenado em galpões abertos para a cura e posterior toalete, classificação e comercialização. De acordo com a conjuntura semanal da Emater/RS, o que tem se observado é o predomínio do alho calibre cinco, que seria, na média, menor do que o da safra passada. O maior valor pago está sendo para o alho calibre sete, ao valor de R$ 7 ao kg.