O volume da safra colhida neste ano foi ligeiramente inferior ao do ano passado. No entanto, a sua qualidade é bem superior. A informação é do presidente da Cooperativa Garibaldi, Oscar Ló. Ele informou que a graduação pode chegar até dois graus acima do ano passado. Essa condição é resultado da boa maturação e sanidade, que vai gerar vinho, sucos e espumantes de melhor qualidade. Constatação semelhante fez o presidente da Cooperativa Nova Aliança, Alceu Dalle Molle, que projeta uma redução de 5% na safra atual, sem perda em qualidade em relação às últimas safras.
Ló aponta o assessoramento técnico do Programa ATER como um fator decisivo para aprimoramento na qualidade da uva. “O acordo setorial definiu que uvas com pouca graduação não podem ser utilizadas para a vinificação. No entanto, os associados das cooperativas não tiveram nenhuma dificuldade em comercializar, porque está enraizada na sua concepção a produção de uva de qualidade”. O dirigente afirma que não tem mais espaço no mercado para uva sem padrão de qualidade.
Uma constatação importante é que a qualidade da uva neste ano resulta de vários componentes desenvolvidos pelos agrônomos e técnicos do programa ATER: espaçamento de galhos, abertura maior para a ensolação, menos adubação de nitrogênio, poda adequada, cobertura verde. Esses fatores tornam a parreira mais resistente, que pode ter mais tempo de maturação para dar-lhe graduação maior.
Dalle Molle afirmou que a cada ano crescem os benefícios com a assessoria técnica. “Cresceu a consciência de que a colheita deve ser feita quando a uva realmente está madura”. Ele observa que a boa condição do vinhedo depois da safra é visível onde o cooperado tem assessoria técnica. “Este é um indicativo de que o agricultor fez as aplicações certas e no momento adequado”. Ló acrescenta que o manejo é importante para a qualidade e graduação, que resulta em receitas maiores ao associado da cooperativa. “Com certeza, neste ano, a remuneração será maior para os associados das cooperativas”.