ATER leva entusiasmo a jovem agricultor

Panizzon modificou maneira de cultivar o parreiral.
Panizzon modificou maneira de cultivar o parreiral.

O jovem agricultor Joel Panizzon, 24 anos, do Travessão Bonito, em Nova Pádua, promoveu uma verdadeira transformação em sua propriedade nos últimos dois anos. Os técnicos do Programa ATER orientaram a modificação de uma série de procedimentos no cultivo do parreiral. Joel é o agricultor a quem o agrônomo Paulo Dullius se refere no texto acima.

 

A primeira modificação foi a suspensão do uso de fertilizantes formulados. “Agora a gente usa somente os componentes necessários. Uma vez era utilizado o 05-30-15 e ninguém questionava, mesmo que muitos componentes sequer eram necessários para a parreira”. A introdução da análise do solo viabilizou uma leitura correta da condição do solo para fazer a aplicação do que a planta precisa. “Estou procedendo assim há dois anos e não posso reclamar”. O agricultor disse que tem consciência que é apenas o início de um processo de mudança na maneira de produzir. “O Paulo (técnico) ajudou muito a mudar o jeito de trabalhar. O técnico de ATER não vem com intenção de vender – como outros fazem -, mas para ajudar. Se continuássemos agindo como os vendedores das agropecuárias quisessem destruiríamos a terra e ficaríamos com o ônus”, reflete o agricultor.

 

Ele explica que antes o hábito era simplesmente despejar adubo. Agora é possível aplicar o fertilizante somente naquele espaço reduzido onde há efetiva necessidade. Joel revela que no último ano reduziu R$ 300 por hectare o custo, somente na aplicação de fertilizantes. “Recomendo aos agricultores que façam a análise com orientação dos técnicos de ATER. Ela não é custo. É um investimento”.

 

O agricultor passou a utilizar outras tecnologias que considera vitais para melhorar a produção, reduzir custos e ampliar a rentabilidade. A redução de agrotóxicos, a diminuição da aplicação de calcário e a implantação da cobertura verde completam a equação que está deixando Joel satisfeito. “Antes do programa ATER eu despejava glifosato, aplicava calcário em dosagem exagerada e eliminava a cobertura do solo”.

 

Joel reforça a mudança, afirmando que as últimas duas safras foram histórias. “Reduzimos a adubação e aumentamos a produção. Parece incompreensível, mas foi o que aconteceu. Antes colhíamos 85 mil quilos em três hectares. Agora colhemos 115 mil quilos”.

 

Apesar de jovem revela que renovou a esperança de continuar atuando na atividade agrícola. “Agora estou muito animado. Se continuarmos assim vamos produzir com muita tranquilidade.

 

Por Elton Bozzetto – Jornalista
Panizzon modificou maneira de cultivar o parreiral.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Estão abertas as inscrições para o IV Seminário Internacional de Fruticultura que acontece de 25 a 27 de junho em...
Teve início a colheita de uma das duas mais importantes variedades de caqui cultivadas na Serra gaúcha, a Kioto, popularmente...
Com um reconhecimento crescente do setor mundial de vinhos enquanto país produtor qualificado e como um mercado consumidor bastante promissor,...