O desenvolvimento do Programa ATER reintroduziu os agricultores da Serra Gaúcha na possibilidade de disputar o competitivo mercado do vinho. A avaliação é do Presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Farroupilha, Eduardo Piaia. Na avaliação do sindicalista, a iniciativa que envolveu no primeiro período 600 Unidades Familiares é fundamental para o agricultores, principalmente no que diz respeito à sustentabilidade e à viabilidade da propriedade. “Para nós, além da capacitação e da formação do agricultor no sentido de conhecer bem a produção, o insumo que está utilizando e o manejo correto com os produtos mais indicados, um aspecto fundamental é a redução dos custos de produção.
Os preços, hoje, estão cada vez mais competitivos e como forma de maior rentabilidade temos que fazer uma redução de custos”.
Piaia considera que é inviável a atividade vitícola sem essa conversão do trabalho que o programa ATER está ajudando a realizar. “Ela só não se tornou inviável porque nós reduzimos o custo do nosso trabalho. O nosso dia de trabalho tem remuneração menor”. Por isso, ele avalia que o acompanhamento técnico, quer no manejo da parreira ou na gestão, é vital para o futuro da vitivinicultura.
Ele acredita que o programa não se reduz a produção de melhor qualidade, com menos utilização de agrotóxicos. O ATER está lançando bases seguras para a produção de alimentos inteiramente orgânicos. “Além de viabilizar a propriedade, o programa está desenvolvendo a consciência de melhorar o sistema produtivo. O aspecto mais importante é que o agricultor está percebendo que este é um caminho sem volta”. Piaia acrescenta que o Programa ATER está fazendo indicativos e desenvolvendo tecnologias de melhoria da qualidade de vida, tanto para o produtor quanto para o consumidor.