Importante polo industrial e turístico da Serra Gaúcha, Bento Gonçalves figura entre as 10 maiores economias do Rio Grande do Sul e tem população estimada em 115 mil habitantes. Dentre as opções para visitantes está o Roteiro Caminhos de Pedra, concebido com a realização de um levantamento do acervo arquitetônico de todo o interior do município, unindo as comunidades do distrito de São Pedro, onde mora o produtor Celso Antônio Strapazzon, 50 anos. Um exemplo de diversificação, a propriedade da família conta com hortaliças e vinhedos, tudo produzido com muita qualidade. Enquanto Celso se dedica às hortaliças, o irmão Luciano fica encarregado do trabalho nas videiras.
A família Strapazzon sempre teve a agricultura como profissão, e a atividade passou de geração para geração e hoje são oito pessoas que se dedicam ao negócio: o patriarca Flávio, a matriarca Gessi, a esposa de Celso, Vilma, suas filhas Susana e Samara, o irmão Luciano e sua esposa Cassiane. São cinco hectares de parreirais com uvas comuns, Niágara e Itália, parte delas cobertas. “Depois temos uma área de 1,2 hectare de estufas onde produzimos alface, rúcula, salsa, cebolinha, radici, morangos, beterraba e tomates.
Para manter a atividade sempre competitiva, a família busca auxílio junto à Emater para conhecer novas tecnologias. “Procuramos empregar tecnologias na agricultura, buscando sementes/mudas de boa qualidade. Visitamos feiras fora do Estado, assinamos revistas para sempre buscar o aperfeiçoamento e a satisfação de nossos clientes. Gostamos do que fazemos. É um serviço muito cansativo, porém satisfatório”, destaca Strapazzon.
Para ele, o preço dos produtos está dentro dos desafios da agricultura. “Os preços que nos rebaixam, tornando o serviço um tanto quanto desvalorizado, é um desafio, porque tudo tem seu custo de produção. Para superá-los, é importante produzir com qualidade e diversidade. O futuro é uma coisa incerta, na agricultura é impossível saber o que dará certo, vivemos de experiências”, compartilha Strapazzon.