Antigo pleito do setor, a implantação nacional dos cadastros ajudará no monitoramento da produção e no embasamento de políticas públicas para a uva e o vinho. No Rio Grande do Sul os dados são coletados desde 1968
A implantação nacional dos cadastros vitícola e vinícola, ferramentas de monitoramento da produção de uvas e de comercialização de vinhos em todos os estados brasileiros onde há registro da atividade, pode ser efetivada este ano ainda. Hoje (26) de manhã, durante a realização do 39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, em Bento Gonçalves (RS), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio (Seapi-RS), da Embrapa Uva e Vinho e do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) se reuniram para discutir sobre o Termo de Cooperação Técnica que buscará efetivar a operação do sistema no Brasil. Importante pleito do setor junto ao Governo Federal, os cadastros vitícola e vinícola possibilitarão saber com maior precisão o real tamanho da cadeia produtiva para além das fronteiras do Rio Grande do Sul.
Segundo o coordenador geral de Vinhos e Bebidas do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, Helder Moreira Borges, em dezembro estará pronto para funcionamento o sistema para o cadastro vitícola e, em janeiro de 2017, o vinícola. “Precisamos dessas informações não apenas para controle e fiscalização, mas para termos relatórios que permitam a construção de políticas agrícolas nacionais para o setor como, por exemplo, de preço mínimo da uva e de regulação de estoques”, observa Borges.
Ele explica que o sistema funcionará nos moldes do que hoje está em vigor no Rio Grande do Sul. No estado, o levantamento de dados que alimentam o cadastro tem sido realizado desde 1968. A partir de 2000, foram efetivados termos de cooperação entre o Mapa, Secretaria Estadual de Agricultura, Embrapa e Ibravin para informatização e operação conjunta. “Não vamos começar do zero pois vamos somar aos registros históricos já existentes e trabalharemos com apoio da Embrapa, da Seapi-RS e do Ibravin. Essas ferramentas são importantes pois o setor da uva e do vinho ultrapassa do valor comercial em si. Há uma questão social muito forte envolvida”, complementa o coordenador do Dipov.
Ontem (25), durante o Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, 29 auditores fiscais federais agropecuários de oito estados com produção vitivinícola receberam informações sobre o funcionamento do sistema gaúcho.
Fonte: Ibravin