Setor amplia venda em 20% as vendas durante a feira deste ano. Bons negócios também na área de máquinas e implementos agrícolas

 

O Pavilhão da Agricultura Familiar na Expointer 2014 terá seu espaço e número de agroindústrias expositoras duplicados. Pelo menos essa foi a promessa do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, durante a 36ª Expointer.  Neste ano, os 184 estandes do pavilhão da agricultura familiar venderam juntos mais de R$ 1,5 milhão. O volume de vendas nos nove dias da feira representa um aumento de 20% em relação à edição de 2012. Em 1999, na primeira feira, eram 30 expositores, abrigados embaixo de lonas. O atual pavilhão foi construído em 2004 com recursos do Governo Federal, através do MDA.

 

A Expointer 2013, que contou com a participação de produtores e competidores de diversas regiões do Estado, encerrou no dia 1º de setembro com mais de 372,4 mil visitantes e comercialização de animais de R$ 16 milhões; de artesanato, de R$ 980 mil; e de mais de R$ 3,2 bilhões em máquinas e implementos agrícolas. O Pavilhão da Agricultura Familiar comercializou embutidos, laticínios, doces e conservas, panificados, vinhos, sucos e polpas, cachaça, mel, melado e açúcar mascavo, artesanatos, flores e alimentos orgânicos.  O A Vindima circulou pelo pavilhão da Agricultura Familiar a apresenta alguns agricultores que estavam expondo seus produtos na feira. Confira:

 

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Empresas aproveitaram feita para apresentar lançamentos e novidades aos agricultores. (Fotos: Fabiana Lavoratti)

 

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Foto: Fabiana Lavoratti

 

Emater marca presença na Expointer
Com a proposta de mostrar a atuação que vai além da Assistência Técnica, a Emater/RS-Ascar levou à Expointer 2013 algumas das ações sociais desenvolvidas por extensionistas em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Com o tema “Extensão Rural, antes de tudo, social”, o Caminhos da Integração apresentou ao público o caráter social do trabalho com agricultores e pecuaristas familiares, quilombolas, pescadores artesanais, indígenas e mulheres rurais.     “O balanço é muito positivo. Em nove dias, mostramos um pouco do fazemos ao longo de todo o ano. O espaço da Emater está cada vez mais harmônico, desde a Casa do Agricultor, passando pela piscicultura, a produção agroecológica, o espaço da biodiversidade e, neste ano, o foco nas ações sociais”, avaliou o presidente da Emater/RS, Lino De David. O presidente da Emater/RS também destacou o trabalho das agroindústrias familiares. “Percebemos uma evolução na qualidade dos produtos comercializados no Pavilhão da Agricultura Familiar. Todos os empreendimentos que participaram, sem exceção, têm a assistência da Emater no dia a dia”, afirmou.

 

Sistemas de irrigação
“O agricultor não pode deixar para pensar em irrigação somente quando há falta de água”, afirmou o engenheiro agrônomo e responsável pela temática no espaço da Emater, Flávio Helder. No local, os visitantes puderam conferir a demonstração de sistemas de irrigação por gotejamento e aspersão, além de receber orientações dos técnicos da instituição. O engenheiro agrônomo destacou que os produtores devem preparar-se para enfrentar épocas de estiagem, comuns no Estado. “A construção do açude e a instalação do sistema de irrigação exigem tempo. Quando o produtor se dá conta do problema, não há mais tempo hábil para tomar as medidas necessárias. Irrigação é planejamento”, frisa Helder.

 

O espaço destinado à irrigação teve por objetivo mostrar aos agricultores a viabilidade de diferentes sistemas para pequenas propriedades, levando-se em conta o tipo de produção. “Para o cultivo de folhosas, como a alface, recomenda-se o sistema por aspersão. Já para o tomate, por exemplo, indicamos a irrigação por gotejamento, que diminui a ocorrência de doenças fúngicas”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar. Os custos para instalação de sistemas de irrigação oscilam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil por hectare. “Mas este valor pode variar bastante, pois depende de inúmeros fatores, como a espessura da tubulação que será utilizada, a necessidade de motores mais potentes para puxar água do açude, entre outros”, destaca Helder.  Os produtores interessados em implementar sistemas de irrigação em sua propriedade e informar-se sobre os programas governamentais ligados ao tema devem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar.

 

Apicultura
Com a finalidade de promover a sustentabilidade da propriedade, a Emater/RS-Ascar apresentou a apicultura, que vem atender à necessidade de polinização, principalmente, na fruticultura, e colaborar na composição da renda do agricultor familiar. A apicultura é, para o técnico em agropecuária do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Viamão, César Marques, uma boa alternativa de renda. “O custo inicial para a criação de Apis Mellifera dilui ao longo do tempo útil de uma colmeia, que é de 15 a 20 anos de produção”, informa Marques. A técnica em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Fazenda Vila Nova, Luciana de Armas, explicou sobre a criação de abelhas sem ferrão. Chamadas de nativas, indígenas ou melíponas, elas também contribuem para a preservação das espécies vegetais ao exercerem a tarefa de agentes polinizadores.   No dia 24 de outubro será realizado o V Seminário Regional de Meliponicultura, em Venâncio Aires. A promoção do evento é da Emater/RS-Ascar e da Associação Venancioairense de Apicultores (AVA).

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