Números foram anunciados pelo governo federal nesta quarta-feira, dia 4. Valor representa alta de 8% (R$ 15,18 bilhões) em relação ao plano anterior
O governo federal anunciou hoje, dia 4, durante cerimônia no Palácio do Planalto, a liberação de R$ 202,88 bilhões em crédito para o Plano Agrícola e Pecuário do período 2016/2017, linha de financiamento destinada ao médio e grande produtor. O valor é cerca de 8% – ou R$ 15,18 bilhões – superior ao da safra passada, quando foram liberados R$ 187,7 bilhões aos produtores rurais. A liberação dos recursos deste plano agrícola começa no próximo mês e segue até junho do ano que vem.
O governo informou que os juros foram ajustados para não comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com taxas que variam de 8,5% a 12,7% ao ano. Conforme o Ministério da Agricultura, nos últimos cinco anos, a oferta de crédito agrícola avançou 89% – na safra 2011/2012 foram R$ 107,2 bilhões.
Inovações do Plano Agrícola
O Ministério da Agricultura informou que o plano traz ‘inovações’ em relação aos anteriores. No caso da pecuária de corte, por exemplo, a compra de animais para recria e engorda deixa de ser considerada investimento e passa a ser considerada custeio, o que, segundo o governo, vai proporcionar “mais recursos e agilidade” na contratação do crédito.
Já o Programa de Modernização à Irrigação (Moderinfra) prevê incentivos à aquisição de painéis solares e caldeiras para geração de energia autônoma em cultivos irrigados, acrescentou o governo federal. Para o café, acrescentou o Ministério da Agricultura, o plano elevou o limite de financiamento para estruturas de secagem e beneficiamento do Moderfrota e, no Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), o governo informou que pretende incentivar o plantio de açaí, dendê e cacau na Amazônia.
Neste Plano Agrícola, o Ministério da Agricultura negociou junto com os bancos a emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para os produtores a juros controlados. Nos planos anteriores,segundo o Ministério da Agricultura, não havia essa opção. A ministra da Agricultura esclareceu que, para que os CRAs possam ser corrigidos em moeda estrangeira, será enviada uma Medida Provisória ao Congresso Nacional, o que deverá, segundo ela, acontecer nos próximos dias.