Objetivo da oficina coordenada pela Emater foi aprender a elaborar novos pratos com produtos da agricultura familiar
Até junho deste ano, 21% dos alimentos para a merenda escolar no município de Farroupilha foram adquiridos de uma associação de agricultores familiares, agroindústrias locais e cooperativas da região. Até o final do ano, o índice deverá ultrapassar o mínimo previsto na Lei nº 11.947, que é de 30%, nas 27 escolas estaduais, 11 municipais e duas entidades do município.
Com o objetivo de trocar experiências e aprender a elaborar novos pratos, nos dias 25 e 26 de junho, 55 merendeiras de Farroupilha participaram de uma oficina de preparo de pratos doces e salgados e de sucos. As aulas foram ministradas por extensionistas da Emater/RS-Ascar.
Merendeira da Escola Municipal Oscar Bertoldo, Cris Terezinha da Silva Casa, relata que há cinco anos, quando começou a trabalhar, as verduras não faziam parte do cardápio da escola e só tinha um tipo de fruta. Atualmente, ela diz que a aceitação pelos alunos é tão boa que já teve que pedir para aumentar a quantidade de verduras e legumes para não faltar. “A gente percebe que quando tem uma salada junto eles comem melhor”, diz a merendeira Clarice Specht, que considerou a capacitação interessante e bem proveitosa.
Em Farroupilha, a merenda escolar é municipalizada e a nutricionista Fabiana Bernardi elabora mensalmente um cardápio balanceado para as escolas, em função da sazonalidade da produção. Segundo ela, a qualidade da alimentação escolar melhorou bastante com a oferta dos produtos da agricultura familiar.
A capacitação foi promovida pela Emater/RS-Ascar, Conselho Municipal de Alimentação Escolar e Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto de Farroupilha, com apoio da 4ª Coordenadoria Regional da Educação e Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio.