Cidade do basalto e das águas termais, Nova Prata recebe turistas com frequência e este é um nicho que vem sendo aproveitado por alguns produtores rurais locais como é o caso da família de Irineo Sergio Bonatto, 43 anos. Ele e os pais Albino e Lourdes trabalham com uvas viníferas e europeias e fruteiras como pêssego, ameixa e figos. Como a propriedade está localizada na Linha XV de Novembro, que fica no caminho dos visitantes que buscam pelas águas quentinhas, tem uma atenção voltada também a esse público. Eles criaram o sistema ‘colha e pague’, onde o próprio visitante pode escolher suas frutas do pé e levá-las para casa.
Além da família Bonatto, o funcionário Adelar Sherer também integra a equipe para dar conta dos 12 hectares de área, sendo 5 de vinhedos e um de fruteiras. “No geral, produzimos cerca de 8 toneladas de uvas à safra e 8 toneladas das outras frutas. Anualmente busco cursos diferentes, assisto palestras e participo das tardes de campo promovidas na região. Procuramos investir em mecanização e hoje estamos implantando um sistema de irrigação para toda a área cultivada, além de iniciar a cobertura de uvas pela plasticultura.
Irineo está na agricultura há mais de 10 anos, seguindo o ofício que os pais trabalharam durante toda a vida. “Permaneço na colônia porque gosto do que faço e hoje, com as novas tecnologias, você consegue agregar mais valor ao teu produto. Além disso, pela localização da nossa propriedade, conseguimos ter um bom número de turistas”, complementa. Para o futuro, o produto lista desafios já conhecidos como a falta de mão de obra qualificada e o clima. “Reduzir custos de produção se torna cada vez mais difícil e para superarmos isso estamos buscando novas tecnologias e também treinando pessoas para o trabalho. Para o futuro também estamos pensando em ampliar a produção de uvas para criar uma agroindústria de vinhos, sucos, espumantes e outros derivados da fruta”, planeja Irineo.