“Com a cobertura verde os parreiras com 50 Anos fazem a mesma produção das parreiras novas. Ela equilibrou a produção em nossa propriedade”. A garantia é do associado da Cooperativa Nova Aliança, Delvio Wais. Após oito anos de utilização desse manejo em sua propriedade, na Terceira Légua, em Caxias do Sul, ele vem colhendo excelentes resultados. Na última safra, seus dez hectares de parreirais renderam 374 mil quilos de uva.
Delvio está consciente de que a cobertura verde não é o único item responsável pela boa produção, mas constitui um aspecto decisivo. “Ela precisa estar combinada com várias questões, como qualidade da cepa, poda correta, cuidados e manejos adequados”. Sua área é completamente acidentada. Por isso, “se não fosse adotada a cobertura verde a parte boa do solo teria sido levada pelas enxurradas. Hoje, tenho um solo com muitas defesas”. Ele é um dos beneficiados pela compra coletiva de sementes pela Cooperativa Nova Aliança, que neste ano vai distribuir 30 toneladas de aveia, ervilhaca, centeio e nabo forrageiro entre seus associados.
O agricultor afirmou que é importante descobrir a cobertura verde adequada para cada área. “Tem de experimentar, inclusive, em cada variedade de uva”. Outra vantagem apontada por Wais é que com o passar do tempo a ressemeadura é natural, com a semente que fica no solo. Para este ano, ele conta que precisou comprar apenas um saco de ervilhaca para corrigir o plantio onde há deficiência de cobertura.
Quando a outros fertilizantes corretivos ,aplica somente cálcio, potássio e boro, quando a análise de solo aponta que é necessário. “Faço isso a partir da orientação dos técnicos”. O agricultor caxiense está tão animado com os bons resultados que decidiu plantar mais um hectare com novas parreiras.
