O Programa de Melhoramento Genético do Feijão, conduzido pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), vem há décadas registrando novas cultivares de feijão adaptadas ao clima das diversas regiões do Rio Grande do Sul. Recentemente, o programa voltou-se para o estudo de variedades com menor custo energético para a agricultura, em linhas de pesquisa relacionadas com fixação biológica de nitrogênio, qualidade tecnológica dos grãos e tolerância à seca.
Na área de fixação de nitrogênio, o objetivo é chegar, por meio de melhoramento genético clássico, a variedades de feijão com maior capacidade de obter o próprio nitrogênio por simbiose com bactérias do solo, em processo semelhante ao cultivo da soja, no qual o emprego de inoculantes já está consolidado. Na fixação biológica de nitrogênio, o elemento químico é captado e convertido em compostos nitrogenados importantes para a nutrição das plantas. “Dessa forma, seria possível suspender a utilização de ureia, o que promoveria uma melhoria na qualidade ambiental e um menor custo ao agricultor. Isso tudo, porém, com a manutenção ou o aumento da produtividade”, destaca o pesquisador Juliano Garcia Bertoldo, coordenador do programa de melhoramento.
Banco de sementes – O Programa de Melhoramento também vem organizando e ampliando um banco com mais de 100 genótipos diferentes de feijão em seu Centro de Pesquisa de Maquiné. O resultado mais recente das pesquisas conduzidas pelo Programa foi o registro de duas novas variedades de feijão: o Fepagro Triunfo, do tipo preto e o Fepagro Garapiá, tipo carioca, ambas lançadas em 2014.
Fonte: Elaine Pinto/Fepagro