Sementes livres de vírus são a nova arma de produtores de alho para elevar a produtividade e competir com o produto importado, que abastece mais de 40% do mercado brasileiro. Quem já está sentindo os benefícios do investimento no alho Ito é o produtor Nelson Luza, 57 anos, da localidade do Travessão Curuzu, interior de Nova Pádua. Ele iniciou os trabalhos com a semente da variedade há cerca de dois anos, em pequena escala. Hoje, o agricultor divide uma área plantada de pouco mais de meio hectare entre a variedade Ito (cerca de 20%) e a comum, com uma produtividade bem acima da anterior. Enquanto a semente comum resulta na produção de oito a dez quilos por quilo da semente plantada, a nova variedade pode alcançar uma produção 20% maior, conforme explica o Técnico Agrícola da Emater de Nova Pádua, Leonildo Sperotto.
Além de maior produtividade, o alho livre de vírus representa uma economia de cerca de 15% ao produtor, incluindo insumos e mão de obra no tratamento. Como a colheita ocorre cerca de 20 dias antes da variedade comum, são três aplicações de tratamento a menos, destaca o filho do agricultor, Evandro Luza. Além disso, por conta da colheita precoce, é o primeiro que entra no mercado, e o produtor pode vender logo, garantindo um preço maior, frisa Sperotto. Na safra passada Luza comercializou o produto a R$ 7 o quilo, e a expectativa para este ano é ganhar mais. A colheita deve ocorrer no final de novembro e início de dezembro.
Uma resposta
onde encontrar semente de alho livre de vírus?