Aulas iniciam entre abril e maio. Interessados podem procurar prefeitura, Emater ou STR de seus municípios e obter informações
Com intuito de elevar a educação e qualificar a formação de jovens e adultos por meio da expansão, interiorização e democratização da oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para a população brasileira, começa neste ano o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo (Pronatec Campo). A intenção do governo federal é que até 2015 sejam ofertadas 120 mil vagas em todo o país. Somente no Rio Grande do Sul, a primeira etapa do programa, lançado em março em Porto Alegre, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário Gilberto Pepe Vargas, irá disponibilizar 1.720 vagas, para 55 cursos, em 33 municípios já cadastrados. O início das aulas no Estado está programado para ocorrer entre os meses de abril e maio.
O Pronatec Campo, fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério da Educação (MEC), está inserido no Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013, como estratégia voltada para a juventude rural. “Este é um programa nacional de acesso ao ensino técnico e emprego criado pelo governo federal para ampliar as ofertas de cursos e dar mais oportunidades aos nossos agricultores familiares, capacitando-os para que tenham um avanço profissional e tecnológico”, destaca o delegado federal do MDA no Estado, Marcos Regelin.
Conforme Regelin, os cursos são voltados fundamentalmente para a agricultura familiar, com base na realidade de cada região. “Queremos qualificar e dar mais orientação técnica aos agricultores. Hoje, a agricultura está se tornando cada vez mais competitiva e está exigindo mais do agricultor. Então, aquele que tiver um curso de qualificação estará preparado para acompanhar esta evolução”, pondera.
Quais municípios participam
De acordo com Marcos Regelin, os cursos do Pronatec Campo estão disponíveis para todas as cidades do país. Basta que os agricultores manifestem interesse em iniciar uma turma que os recursos serão disponibilizados pelo governo federal. O programa dispõe de mais de 100 cursos em diferentes áreas como industrial, ambiental, administrativa, cooperativismo, associativismo, entre outras. “Os cursos serão executados pelos institutos federais de cada município. Porém, podem ser ministrados em qualquer local onde os parceiros (prefeituras, Sindicatos Rurais, escritórios da Emater e cooperativas) entenderem que seja apropriado para o acesso dos agricultores familiares”, explica.
Os cursos são gratuitos. Conforme Regelin, os municípios também terão apoio do MDA para cobrir eventuais despesas com transporte, alimentação e estadias dos alunos durante a realização das aulas. Os recursos do programa virão do orçamento do Ministério da Educação, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Quem pode participar
Podem se inscrever nos cursos de formação profissional e tecnológica agricultores familiares, com idade superior a 15 anos. Quanto à escolaridade, Regelin destaca que existem alguns cursos, que devido à qualificação técnica, exigem maior nível de estudo por parte dos interessados. Contudo, a grande parte deles pode ser acessada por agricultores que tenham somente o ensino fundamental. “O programa busca a qualificação e formação diferenciada de jovens e adultos, tendo por eixo a educação para o campo. Somente por meio da educação e da assistência técnica poderemos garantir apoio à sucessão das famílias no campo”. Os agricultores que tiverem interesse em participar dos cursos podem buscar os parceiros do MDA para ter informações e solicitar os cursos. As inscrições estão abertas e as aulas para a primeira etapa iniciam entre os meses de abril e maio.