Safra de frutíferas poderá ser até 71% menor em algumas culturas

 

Projeção da Emater/RS é que impacto financeiro direto com a redução na produtividade das caducifólias na Serra Gaúcha se aproxime de meio bilhão de reais

A videira, cultura com maior área cultivada na Serra, com 38 mil hectares, também apresenta uma redução expressiva na produtividade, de 56% em relação à média histórica, e de 65% em relação à safra anterior, o que representa cerca de 550 mil toneladas a menos da fruta no mercado.
A videira, cultura com maior área cultivada na Serra, com 38 mil hectares, também apresenta uma redução expressiva na produtividade, de 56% em relação à média histórica, e de 65% em relação à safra anterior, o que representa cerca de 550 mil toneladas a menos da fruta no mercado.

O ano de 2015 não trouxe muitas notícias boas para os agricultores, especialmente os da Serra Gaúcha. Além de terem que desembolsar do próprio bolso a quantia integral referente ao Seguro Rural, visto que o governo federal suspendeu o pagamento do subsídio a milhares deles, ainda encerraram o período contabilizando os prejuízos em suas plantações que sofreram com uma série de intempéries. O frio acima da média (7,2º C) para os meses de inverno, o excesso de chuva e a geada tardia estão se refletindo na safra 2015/2016, uma das menores de frutíferas já registradas na região, com base em um levantamento realizado em todos os municípios do Rio Grande do Sul.

Conforme os dados apresentados nesta semana pelo escritório regional da Emater/RS – Ascar de Caxias do Sul, a projeção parcial de quebra de safra pode ficar entre 17% e 71% na produção de todas as frutíferas, com exceção do morangueiro, que não registra perdas. E se a produtividade será menor, a renda também encolherá. A entidade estima que o impacto financeiro direto da safra anterior na comparação com a atual alcançará a cifra de R$ 444,6 milhões. “A quebra de produção chega a 52,5%, nas oito cultivares de frutíferas elencadas (uva, maçã, pêssego, ameixa, caqui, kiwi, figo e morango). Isso, com certeza, irá impactar na vida cotidiana e econômica das famílias de agricultores. Embora os preços médios dos produtos estejam acima do mercado, em virtude da lei da oferta e da procura, não compensam, pois não cobrem os custos de produção que foram, em média, três vezes maiores do que a média”, aponta o agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini. Somente na viticultura, atividade que sustenta 25 mil famílias na Serra Gaúcha, os prejuízos financeiros poderão chegar a R$ 380 milhões.

A matéria completa sofre a previsão para a safra de frutíferas na Serra Gaúcha você poderá conferir na edição impressa do Jornal A Vindima.

 

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