São Jorge
Altair Zanon ao lado da família em, São Jorge.

Com 2,8 mil habitantes, São Jorge tem na agropecuária sua principal fatia econômica. Vizinha de Guabiju e Paraí, a cidade conta com a produção expressiva de uvas dos irmãos Altair e Adilson Zanon, que têm 30 hectares de diferentes variedades, a maioria destinada para a elaboração de espumantes nas vinícolas Salton, de Bento Gonçalves, e Jolimont, de Canela. Com o auxílio das esposas, e também irmãs, Denise e Deise, e dos pais Graciema e Zelindo, Altair e Adilson viram no setor vitícola um crescimento muito grande e pretendem continuar investindo no negócio.
Entre as variedades presentes no vinhedo estão Moscatos, Lorena, Malvasia de Cândia, Trebbiano, Riesling Itálico, Niágara e Bordô, sendo que as últimas duas ficam na própria propriedade para a produção de vinho para o consumo da família. “Nosso pai gosta de produzir o vinho para nosso consumo, mas o restante segue para as vinícolas e se transforma em espumantes de muita qualidade. Na Jolimont, que vinifica somente com nossas uvas, o espumante foi premiado com medalha de ouro na 23ª edição do concurso Vinalies Internationales, da França. O Moscatel concorreu com vinhos de 45 países e mais de 3,5 mil rótulos, teve ainda destaque por ser a única Moscatel com essa distinção”, valoriza Altair.
O reconhecimento é resultado de um trabalho criterioso nos vinhedos que estão em áreas nas comunidades de Nossa Senhora do Horto, Capela Entre Rios e na cidade vizinha de Guabuju. Na última safra a produção atingiu 970 toneladas de uvas. “Iniciamos com a viticultura em 1988, antes tínhamos outras culturas como o milho e a soja. O que nasceu da parceria com um vizinho ganhou força para nós e decidimos investir. Hoje temos a área própria de vinhedos e contamos com parcerias para mão de obra”, conta o produtor.
A meta da família é qualificar cada vez mais a produção e por isso neste ano investiram em uma máquina que auxilia na desfolha no período de poda verde. “Temos total atenção aos manejos, como nos tratamentos e na poda verde. Vimos que neste trabalho a qualidade da uva tem um resultado muito significativo. Resumidamente, a máquina é uma turbina de ar que sopra um jato forte, jogando para longe as folhas que devem ser descartadas. Os cachos ficam intactos”, conta Altair.
A ideia de agora em diante não é aumentar mais a área de vinhedos, mas qualificar os já existes modernizando parreiras e também a estrutura para que a mão de obra mecanizada possa ser ampliada. “Sempre buscamos coisas novas e estamos tendo um retorno muito bom nesta área, o que já nos permitiu ter um conforto para nossas famílias”, valoriza.

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