Sindicalistas temem consequências negativas da safra

Ferrari: pessimista com os resultados.
Ferrari: pessimista com os resultados.

O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Farroupilha, Márcio Ferrari, afirmou que poucos  Associados do sindicato indicaram que colheram mais uva e de melhor qualidade que a safra anterior. Ele afirmou que “em qualidade existe a tendência já apontada pelas Cooperativas de divisão de períodos da safra”.
Para Ferrari, a perda ocorrida na segunda fase da colheita não será compensada com a boa qualidade do produto do início da safra. “teremos menor volume do ano passado. A rentabilidade também sofrerá redução, devido a diminuição na uva isabel, que representa o maior volume colhido no município. “Como o deságio representa 10% por grau a menos, teremos uma diferença considerável na remuneração do produtor”. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, Rudimar Menegotto, tem a mesma percepção. “Foi um ano difícil. Tivemos uma redução de safra com a incidência de fatores climáticos, que provocaram perda de produção na safra”. Ele reforça que a tendência inicial é que teríamos uma boa safra. No entanto, os fatores climáticos mudaram e a perspectiva.
Menegotto aposta na qualificação da produção para compensar as perdas. “Assistência técnica é algo fundamental diante das condições adversas nos últimos tempos. Ela deve ajudar especialmente na redução

Menegotto defende qualificação para minimizar perdas.
Menegotto defende qualificação para minimizar perdas.

do custo e melhoria da produção”. Para   o Dirigente, esse é um  desafio diante da qualidade que o mercado está exigindo. “O Agricultor sabe produzir, mas ainda precisa reduzir o custo”.
Ferrari projeta que haverá dificuldade financeira para muitos Agricultores. Sem uma poupança, uma reserva, muitos Agricultores terão problema de manutenção da atividade. O Sindicalista salienta que alguns Agricultores manifestaram o desejo de abandonar a produção de uva. Por outro lado, vemos Agricultores buscando alternativas. Uma delas é realizar a cobertura de áreas para a produção de uvas de mesa, em razão das garantias de produção e de mercado. “Em Farroupilha, ocorreu já nos dois últimos anos uma redução da área plantada, com extinção de parreirais. Essa leitura será comprovada no próximo cadastro vitícola, no mês de julho, que vai apontar os níveis de redução da área”.

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