
Foi oficialmente instalada nesta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a Subcomissão que irá analisar os impactos do uso de herbicidas hormonais nas cadeias produtivas gaúchas. A iniciativa é fruto da audiência pública realizada no início de abril, que escancarou os prejuízos causados pela deriva de defensivos como o 2,4-D em culturas sensíveis, como a uva, a maçã, a oliveira e a noz-pecã.
A Subcomissão será presidida pelo deputado Elton Weber, proponente da ação, tendo o deputado Adão Preto Filho como vice-presidente e Adolfo Brito como relator.
Além da instalação, o grupo definiu o cronograma de encontros regionais, com dez reuniões previstas entre 5 de maio e 7 de julho, passando pelas regiões da Fronteira, Serra Gaúcha, Centro do Estado, Médio Alto Uruguai, além da capital Porto Alegre. O objetivo é ouvir produtores, entidades setoriais, representantes da indústria, órgãos de fiscalização, pesquisa e assistência técnica sobre os desafios provocados pela má aplicação dos herbicidas hormonais e suas consequências econômicas e ambientais.
“Nosso objetivo é encontrar soluções que resguardem a diversificação produtiva do Estado e assegurem respeito ao direito de produzir de cada agricultor. Este assunto não é apenas uma discussão entre agricultores, mas sim de todos os envolvidos com as cadeias produtivas do Rio Grande do Sul”, afirmou o deputado Elton Weber.
Com prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, a Subcomissão deverá apresentar um relatório com recomendações legislativas, técnicas e regulatórias. A entrega do parecer está prevista para ocorrer entre 7 e 14 de agosto, segundo o relator Adolfo Brito.
“Será uma oportunidade ímpar ser relator de uma matéria extremamente importante e pertinente para todo o Rio Grande do Sul”, destacou Brito.
A expectativa é de que o debate promova um ambiente de escuta qualificada e contribua para soluções equilibradas entre a proteção das culturas e o uso responsável dos defensivos agrícolas.
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