
A presença do diretor-geral da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), John Barker, no Brasil, entre os dias 19 e 22 de agosto, representa um marco na consolidação da vitivinicultura brasileira no cenário internacional. A agenda, que integra missão oficial em cinco países da América do Sul, tem como foco ampliar a cooperação técnica, científica e institucional entre o Brasil e a entidade que reúne 50 países-membros.
Acompanhado por uma comitiva que inclui representantes de entidades públicas e privadas, Barker tem participado de encontros que discutem sustentabilidade, inovação e cooperação técnica, além de visitas a vinícolas e reuniões com lideranças do setor. O roteiro conta com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Consevitis-RS, reforçando o alinhamento estratégico entre o governo e as instituições brasileiras.
Durante a visita, Barker tem sido acompanhado pela diretora Técnica em Enologia da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Fernanda Rodrigues Spinelli, inclusive em agendas no Rio Grande do Sul, principal polo produtor do país. No dia 22, o presidente da ABE, Mário Lucas Ieggli, e o vice, Michel Zignani, acompanharão o diretor-geral da OIV em uma visita técnica voltada ao cooperativismo, juntamente com o ex-presidente da entidade, Ricardo Morari.
Fernanda Spinelli, que também preside a Subcomissão de Métodos de Análise da OIV (2024-2027), destacou o impacto da aproximação. “A atuação brasileira nas comissões científicas da OIV tem ganhado visibilidade, e agora damos mais um passo em direção à internacionalização da nossa diversidade produtiva, à valorização do vinho brasileiro e ao protagonismo de nossos especialistas”, afirmou.
A presença da ABE nesse movimento reforça o papel da entidade na produção de conhecimento técnico e científico e consolida sua relevância como ponte entre a vitivinicultura nacional e o sistema internacional.
Reconhecimento internacional
Um dos principais frutos da aproximação entre Brasil e OIV é a presença de avaliadores internacionais indicados pela organização na Avaliação Nacional de Vinhos (ANV). Neste ano, o evento alcançou números inéditos, com 536 amostras de 76 vinícolas de nove estados, e será realizado em 25 de outubro, em Bento Gonçalves (RS).
Fernanda Spinelli ressaltou a importância da chancela internacional. “Trata-se de um marco de reconhecimento à qualidade e à representatividade do evento no cenário global”, afirmou.
Agenda estratégica para o futuro do setor
Ao longo da semana, os compromissos de Barker tiveram como eixos centrais a escuta das realidades locais, a valorização do cooperativismo, e o estímulo a práticas sustentáveis e inovadoras. Para o Brasil, a visita representa não apenas a abertura de novas parcerias técnicas, mas também o fortalecimento de sua posição no mapa da vitivinicultura mundial.
Com a participação de especialistas, instituições de pesquisa e lideranças do setor, o país consolida avanços rumo à internacionalização do vinho brasileiro e ao reconhecimento da sua diversidade produtiva em escala global.
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