A 6ª edição da Tecnovitis, encerrada no último sábado (6), no Vale dos Vinhedos, confirmou sua posição como o maior encontro de tecnologia para viticultura e fruticultura do país. Com mais de 12 mil visitantes ao longo dos quatro dias e estimativa superior a R$ 4 milhões em negócios efetivados e prospectados, a feira reforçou seu papel estratégico para o desenvolvimento da cadeia produtiva da uva e do vinho.
Realizada pelo Sindicato Rural da Serra Gaúcha (SRSG), a feira reuniu mais de 100 expositores, entre fabricantes de máquinas, empresas de irrigação, fornecedores de insumos, viveiros, cooperativas, instituições de pesquisa e serviços especializados. Em uma área de sete hectares, o público circulou de forma contínua, característica que, segundo a organização, ampliou a capacidade de atendimento técnico e comercial em cada estande.
O presidente do SRSG, Elson Schneider, avaliou o resultado como “fantástico”, destacando que a feira atendeu com precisão o perfil do público, isto é, produtores em busca de tecnologia aplicável, serviços práticos e inovação para propriedade rural.
“O produtor precisa cada vez mais desse suporte e apoio. E as tecnologias foram mostradas na feira para desenvolver o meio rural e estar ao lado do agricultor. Superamos as expectativas, inclusive de público, que se distribuiu bem ao longo dos dias”, afirmou Schneider.
Com o encerramento da edição de 2025, o SRSG já trabalha na construção da feira de 2027. Schneider confirmou que está em andamento uma pesquisa com expositores e visitantes para definir ajustes, como a possibilidade de antecipar a feira para novembro ou manter o calendário atual. O objetivo é alinhar o evento ao ciclo produtivo e ao planejamento das propriedades.
Uma novidade estratégica é a articulação para expandir o modelo da Tecnovitis para São Paulo, em resposta a demandas crescentes de produtores e empresas da Região Sudeste.
“Estamos negociando a possibilidade de levar um formato da Tecnovitis para São Paulo, pensado principalmente para pequenas e médias propriedades e focado na tecnologia para fruticultura e viticultura. Não será em 2026, mas estamos trabalhando para que aconteça em breve”, explicou Schneider.
Os visitantes tiveram acesso a uma ampla gama de soluções práticas para o campo. Entre os destaques:
• Novo caminhão de envase para pequenas e médias vinícolas, administrado pela Associação Enovinho, incorporando filtragem, envase, rolhamento, tampas de rosca, capsulagem e rotulagem — um avanço significativo para negócios familiares.
• Equipamentos de mecanização que reduzem custos e ampliam eficiência em vinhedos de diferentes portes.
• Sistemas completos de irrigação voltados à fruticultura de clima temperado.
• Mudanças genéticas e porta-enxertos adaptados às novas condições climáticas.
• Serviços especializados de assistência técnica, inovação e gestão rural.
Produtores de várias regiões do país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e outros estados, circularam pelos estandes em busca de alternativas para incrementar produtividade, reduzir perdas com clima e agregar valor à produção.
A Tecnovitis recebeu autoridades estaduais, entre eles, o presidente da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz, ressaltou que o Rio Grande do Sul possui mais de 45 mil hectares de videira e que a tecnologia é essencial para ampliar o valor agregado dos produtos. “Este encontro traz novas oportunidades para desenvolver o setor e poder fazer o produtor ter cada vez mais renda, qualidade de vida, poder produzir alimentos saudáveis e fazer com que a nossa agricultura possa continuar firme e forte”, destacou.
A feira contou ainda com uma intensa agenda de seminários, debates técnicos e encontros institucionais envolvendo Embrapa Uva e Vinho, IFRS, Sebrae, Consevitis-RS, Fecovinho e entidades do setor vinícola nacional.
A próxima edição da Tecnovitis está programada para dezembro de 2027, com projeções de expansão, novos espaços temáticos e ampliação da participação de empresas de tecnologia agrícola.
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