Tecnovitis 2025 inicia com anúncio do novo boletim de calagem e adubação e forte presença de tecnologias para os vinhedos

Primeiro dia da feira reúne produtores, pesquisadores e empresas com foco em manejo, inovação e sustentabilidade da vitivinicultura brasileira
Elson Schneider na abertura da Tecnovitis 2025 – Foto: Divulgação

 

Primeiro dia da Tecnovitis 2025 teve início nesta quarta-feira (4), no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), com forte presença de produtores, empresas e instituições de pesquisa da cadeia da uva e do vinho. O destaque do primeiro dia foi o anúncio do novo Boletim Técnico de Calagem e Adubação para os Solos da Serra Gaúcha, apresentado pelo professor Gustavo Brunetto, coordenador do GEPACES/UFSM. O documento, que será lançado antes do Natal, atualiza as principais recomendações para o manejo de solos em vinhedos da região, reunindo informações sobre níveis críticos de nutrientes, doses adequadas de fósforo e potássio e orientações específicas para a fase de pré-plantio e para vinhedos em produção.

Segundo Brunetto, o boletim deve se tornar uma ferramenta de referência para técnicos e produtores. A partir das análises de solo e folha, será possível comparar os resultados com faixas recomendadas para alcançar maior produtividade e uvas de melhor qualidade, com impacto direto na sustentabilidade da vitivinicultura da Serra Gaúcha e na eficiência do uso de calcário e fertilizantes.

Os organizadores celebraram a retomada da feira sob tempo firme, após duas edições marcadas por chuva. O presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, Elson Schneider, destacou que a Tecnovitis é uma oportunidade concreta de atualização técnica. “É emocionante ver a Tecnovitis novamente sob sol. Organizamos tudo com carinho para que o produtor rural venha, participe e encontre aqui conhecimento, tecnologia e oportunidades”, afirmou.

O diretor executivo do Consevitis-RS, Eduardo Piaia, ressaltou a importância da presença integrada das entidades setoriais, como Embrapa, IFRS, Consevitis, cooperativas e produtores. Piaia lembrou que a feira reúne tecnologia, debate e políticas públicas em um mesmo ambiente, com temas estratégicos como o acordo Mercosul–União Europeia, que será discutido em audiência pública durante o evento.

Para o presidente da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwertz, a Tecnovitis reforça o papel do extensionismo rural na construção de uma vitivinicultura mais competitiva e sustentável. “Nossas equipes estão presentes conhecendo novas oportunidades para desenvolver o setor e poder fazer o produtor ter cada vez mais renda, qualidade de vida, produzir alimentos saudáveis e fazer com que a nossa agricultura continue firme, forte e pujante”, destacou.

As empresas também movimentaram o primeiro dia da feira com soluções práticas para o dia a dia dos vinhedos. A Acrilys apresentou bins injetados reforçados para uva, produzidos com material 100% virgem e disponíveis nas versões de 4 ou 9 pés, projetados para maior durabilidade e eficiência no campo. Os Viveiros Molon chamaram atenção para a forte procura antecipada por mudas para 2026 e incentivaram reservas com antecedência. Já o Viveiro Sinigaglia reforçou a importância do planejamento para garantir combinações específicas de copa e porta-enxerto. A DG Aggro Irrigação completou o panorama ao apresentar soluções completas de irrigação para frutíferas, desde o projeto até a instalação, com foco em eficiência hídrica e aumento de produtividade.

As demonstrações diárias de máquinas agrícolas, realizadas às 11h e 14h30, mostraram tecnologias de mecanização, colheita e manejo de vinhedos que vêm evoluindo rapidamente na vitivinicultura brasileira. Ao longo dos próximos dias, a Tecnovitis 2025 também sediará a 70ª Reunião da Câmara Setorial Federal da Uva e do Vinho e a Audiência Pública da Frente Parlamentar da Vitivinicultura, ampliando o debate sobre políticas públicas, competitividade, uso de insumos e desafios da cadeia da uva e do vinho no país.

 

Foto: Divulgação

 

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