Viti + Sustentável: programa fortalece vitivinicultura gaúcha e garante mais oportunidades para o produtor

Nova iniciativa reúne práticas ambientais, sociais e de governança, ampliando a competitividade e valorização do vinho brasileiro
Janine Basso Lisboa, consultora do programa, apresenta o Vitis + Sustentável Foto: Divulgação

 

O lançamento do Programa Viti + Sustentável, durante a Expointer 2025, em Esteio (RS), marca um novo momento para a vitivinicultura gaúcha. A iniciativa representa uma ferramenta direta para fortalecer o produtor rural, oferecendo reconhecimento, valorização e oportunidades em um mercado cada vez mais exigente.

Nos últimos 15 anos, o setor avançou com programas de Boas Práticas Agrícolas, que capacitaram mais de 1.200 famílias de viticultores. Agora, com o Viti + Sustentável, os ganhos se ampliam: além de qualificar a produção, o programa garante rastreabilidade, certificação e diferenciação de mercado, pontos essenciais para quem precisa competir com qualidade e sustentabilidade.

O vice-presidente da Cooperativa Paraíso, Valnei Cover, destacou o impacto direto na vida do agricultor. “O objetivo é certificar até 70% das propriedades da nossa cooperativa, com cerca de 6 milhões de quilos de uva produzidos de forma rastreável e sustentável. O consumidor exige diferenciais, e acreditamos que a sustentabilidade vai nos dar esse reconhecimento no mercado”, revelou.

O Consevitis-RS, responsável pelo programa, aposta no Viti + Sustentável como guarda-chuva para reunir projetos já existentes e abrir espaço a novas práticas de impacto ambiental e social. Para o presidente da entidade, Luciano Rebellatto, o diferencial está justamente em dar visibilidade às ações que os produtores já realizam. Muitas práticas sustentáveis já estão no dia a dia dos viticultores. Agora teremos um programa estruturado para mostrar esse trabalho e ampliar sua valorização”, pontuou.

A gestora de projetos de vitivinicultura do Sebrae-RS, Angélica Louvani Brandalise, reforçou o aspecto inclusivo e social. “Essa ampliação o mostra como setor vem evoluindo e, principalmente, vai auxiliar na valorização do trabalho do pequeno produtor rural”.

A sustentabilidade deixou de ser apenas uma exigência local: é um passaporte para mercados internacionais. O consultor da UPL, Rogério Melo, lembrou que a adesão a práticas de baixo carbono e à agricultura regenerativa será um dos próximos passos. “Esse é um avanço estratégico para inserir a vitivinicultura gaúcha na agenda global, fortalecendo a competitividade do vinho brasileiro”, afirmou.

A consultora do programa, Janine Basso Lisboa, complementou: “O Viti + Sustentável é uma evolução do PAS Uva. Ele reúne boas práticas já consolidadas e abre espaço para novas iniciativas, como a produção de uvas de baixo carbono. Quem já começou deve evoluir, e quem ainda não iniciou não deve ficar para trás. Este programa é para estimular e auxiliar os produtores gaúchos.”

 

Diretor executivo do Consevitis-RS, Eduardo Piaia, e gestora de projetos de vitivinicultura do Sebrae-RS, Angélica Louvani Brandalise Foto: Divulgação

 

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