Embrapa apresenta fêmea suína na Expointer

Batizada de MO25C, animal pode ser utilizado para carne
in natura e também no sistema de produção industrial

 

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A fêmea foi concebida para ser versátil, com boa quantidade de leitões. (Fotos: Embrapa Suínos e Aves/Divulgação)

A fêmea suína Embrapa MO25C foi um dos lançamentos da Empresa de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na 37ª edição da Expointer, Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários que aconteceu em Esteio de 30 de agosto a 7 de setembro. “A produção de material genético suíno no Brasil está concentrada em grandes empresas do setor, dificultando o acesso de pequenos produtores à genética de qualidade a preços acessíveis. Por isso, a Embrapa decidiu implementar esse projeto de lançar uma linha fêmea que pudesse ser utilizada com a sua linha macho, a MS115, para produzir carne de qualidade”, diz o pesquisador Elsio Figueiredo, que liderou o desenvolvimento da matriz fêmea suína na Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, SC.

A MO25C foi concebida para ser versátil, com boa produção de leitões, mas que transmita também melhor qualidade de carne aos suínos de abate. Ela é voltada para sistemas de produção que abastecem supermercados, churrascarias, restaurantes, mercado externo e produtos curados (presunto, copa, salame), que exigem cada vez mais qualidade de carne in natura, mas também pode ser utilizada por sistemas que produzem carne para indústria.

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Fêmea suína Embrapa MO25C. (Fotos: Embrapa Suínos e Aves/Divulgação)

 

A principal característica da carne dos cevados produzidos por matrizes MO25C está na suculência (marmoreio), percebida principalmente na fabricação de produtos curados, que não ficam tão secos. A carne também tem diferenças no sabor, maciez e na cor, um pouco mais vermelha que a carne industrial.
“Essa opção de trazer a qualidade da carne pelo lado da fêmea é pouco explorada no Brasil. Geralmente, todas as linhas fêmeas são especializadas na produtividade de leitões. Esse foi um espaço que a Embrapa percebeu que poderia trazer benefícios para a produção de carne de qualidade, especialmente para produtores independentes e de pequenas integrações”, diz o pesquisador da Embrapa.

 

Outras novidades apresentadas

A Embrapa Suínos e Aves também apresentou outras tecnologias na Expointer 2014. São eles:

Misturador de ração
Um dos maiores problemas observados em propriedades suinícolas é o desconhecimento do controle de qualidade no preparo de rações. Desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves e Bergamini Industrial, o misturador de ração é indicado para ração seca ou com adição de líquido, silagem de grão úmido de milho e sal mineral. O equipamento garante menor tempo de mistura e tem temporizador, visor grande, dosador de líquido, dupla descarga, grade de proteção, janela de inspeção, porta de limpeza e baixa velocidade. O misturador tem capacidade para 500kg e motor de 5cv e é ideal para pequenas fábricas de ração.

Poedeira colonial Embrapa 051
A poedeira colonial Embrapa 051 produz de 280 a 300 ovos a cada ciclo, enquanto uma galinha colonial comum atinge 80. A galinha também é considerada de duplo propósito, com capacidade para produção de ovos pelas fêmeas e de carne pelos machos. A poedeira se destina a criações semiconfinadas ou agroecológicas. Apesar de apresentar características coloniais, a Embrapa 051 tem todas as vantagens da avicultura comercial, como o controle sanitário e a garantia de qualidade do produto oferecido ao consumidor.

Tratamento de dejetos suínos
O Arranjo Tecnológico no Tratamento de Dejetos Suínos para a Produção de Fertilizante Orgânico é o resultado de mais de dez anos de pesquisas na área. A partir de 2011, em parceria com a Seara/Marfrig e algumas empresas, a Embrapa viabilizou a primeira experiência prática. O arranjo tecnológico inclui a produção de suínos, com os dejetos servindo de matéria-prima para a produção de composto orgânico e o enriquecimento do fertilizante. Depois os dejetos são distribuídos por uma máquina em um leito de compostagem com serragem proveniente de madeira de reflorestamento. E, por fim, a fábrica de adubo, onde o composto orgânico é peneirado e embalado para comercialização.

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