O professor italiano que ajudou no progresso da enologia
“Difícil é fazer um verso ao poema, literalmente semeado e frutificado pelo faunígena Paolo dos vinhos em
pesquisa no solo brasílio/ com amor enchestes taças de sabor vineo/ Fácil foi renovar, com tua paciência, em jornadas difíceis. Abriste, oh! orientador, o caminho dos pioneiros”. Os versos do poema As lições de Fenocchio em muitas adegas escrito pelo enólogo Firmino Splendor retrata um pouco da importância do professor italiano Paolo Fenocchio para o progresso da enologia nacional. Fenocchio chegou ao Brasil em 1947 com uma vasta experiência na área química. E aqui se dedicou a ensinar o que sabia sobre a arte de elaborar vinhos.
O filho de Domenico Fenocchio e Teresa Maiocco nasceu em 28 de janeiro de 1910, em Scurzolengo, na Província de Asti, na Itália. Lá, formou-se em Farmácia e Química na Universidade de Ferrara. Exercia a profissão de Químico na Estação Experimental de Asti e também como professor no Instituto Técnico Agrário de Alba. Como voluntário, atuou na Segunda Guerra Mundial com o grau de segundo tenente químico do exército italiano. Combateu na frente da África, na batalha aos ingleses e franceses, entre os anos de 1940 a 1943. Os rescaldos do conflito deixaram marcas, que aliadas com as dificuldades do pós-guerra na Itália e as condições promissoras do Brasil, o fizeram embarcar para o Novo Mundo.
O Brasil oferecia terras e um convite para trabalhar na indústria vitivinícola, para que ele contribuísse com seus conhecimentos enoquímicos. Dessa forma, a imigração foi natural.
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Por Danúbia Otobelli