O Ministério da Agricultura pretende investir R$ 387 milhões até 2019 para melhorar a competitividade do setor leiteiro e a renda do produtor. O programa, batizado de Leite Saudável, foi anunciado nesta terça-feira, dia 29, e tem objetivo ainda de tirar 80 mil pecuaristas de leite da pobreza e levar para a classe média.
Cinco estados serão beneficiados pelo programa: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – juntos, eles representam 72,6% da produção nacional.
O programa terá alguns eixos. O primeiro, assistência social, oferecerá cursos técnicos e de gestão; o segundo, melhoramento genético, fornecerá embriões melhorados a 2,4 mil propriedades e selecionará produtores com condições de fazer esse melhoramento ampliando entre 30% e 40% o uso de inseminação artificial. “Vamos aumentar a produtividade por vaca”, disse o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo, Caio Rocha.
A lista segue com Política Agrícola, que desenvolveu linhas de crédito rural; sanidade animal, com intensificação do programa de erradicação e controle da brucelose etuberculose animal; e qualidade do leite, com a criação de um sistema de inteligência para gerenciamento de qualidade do leite.
“Com a cadeia em conjunto estimulando a vacinação, vamos chegar ao percentual de 80% do rebanho vacinado, atingindo nossos objetivos”, observou o secretário de Defesa Sanitária, Décio Coutinho. O programa quer alterar, ainda, o marco regulatório, atualizando e adequando as legislações do setor. Entre outras medidas, será feita a alteração do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Aninal (Riispoa) para regulamentar procedimentos, instalações e equipamentos.
“Vamos trabalhar com a melhoria e a atualização e adequação da legislação vigente, tanto no Riispoa quanto nos regulamentos técnicos”, disse Coutinho. “Os produtores levantaram a questão do iogurte, leite em pó e uso do sorocomo itens que precisam ser aperfeiçoado na legislação”, observou.
Segundo Coutinho, 75% do texto que vai atualizar as pequenas agroindústrias está pronto. “Não estamos abrindo mão de qualidade de inspeção e fiscalização, estamos falando em melhoria das regras”, afirmou.
Ele argumentou que na cadeia do leite essas mudanças são mais complicadas porque tem de ser feita uma regra para cada produto. “Em curtíssimo período de tempo a ministra estará assinando esse instrumento, dando mais possibilidade de comercialização para as pequenas indústrias”, ponderou.
O ministério pretende ampliar o mercado, com abertura de tratados comerciais com países interessados no leite e derivados brasileiros. A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, afirmou que o Ministério da Agricultura pretende triplicar a exportação de lácteos até 2018.
Fonte: Ministério da Agricultura.