Sistema criado pela H2Orta permite uma produção ininterrupta de hortaliças, com economia de água, mão de obra e tempo
55 quilômetros de Porto Alegre, a cidade de Ivoti, com pouco mais de 19 mil habitantes, conta com a maior Colônia Japonesa do Estado. Mas não só por isso o município ganha destaque no Estado. É que no pequeno município está localizada a unidade sede da H2Orta Hidroponia, dona da primeira franquia agrícola do Brasil e de um sistema de automação na produção de folhosas que permite reduzir custos ao mesmo tempo em que garante hortaliças homogêneas e com rendimento diário – essencial para garantir a venda em redes de supermercados e restaurantes. Atualmente, a H2Orta conta com quatro unidades e disponibiliza um leque de opções para quem deseja investir em um negócio lucrativo e que segue um mercado consumidor em ascensão – a hidroponia.
Há seis anos, Ricardo Antonio Rotta, diretor da H2Orta, percebeu que seus consumidores estavam em regiões e Estados distintos daqueles da qual suas hortaliças já eram comercializadas. “Vimos a necessidade de irmos para outros lugares e, com isso, percebemos a possibilidade em expandir nossos negócios, e a melhor forma de se fazer isso era através das franquias. Contudo, o trabalho estava apenas começando”, conta Rotta. A legislação para criar um sistema de franquias é acompanhada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Exige trabalho e investimento, com a elaboração de manuais que descrevem cada etapa de produção. “Em um determinado momento, esbarramos na situação de como explicar ao franqueado como manejar a solução nutritiva. No exterior existem equipamentos que fazem isso automaticamente. Nosso primeiro desafio foi trazer essa tecnologia para cá”, recorda o diretor.
Sistema inovador
Com o objetivo de tornar realidade a franquia e levar seus produtos para mais cidades, a H2Orta criou um sistema inspirado em modelos europeus, adaptando o processo às suas necessidades. O resultado é um conjunto econômico, produtivo e lucrativo. São estufas com uma vida útil resistente, onde um sistema automático, que funciona como uma esteira, move, diariamente, as calhas onde as mudas crescem. Todos os dias são plantadas e colhidas a mesma quantidade, exigindo, em média, 30 dias para concluir o ciclo desde o plantio até a colheita – praticamente a metade do tempo necessário no cultivo hidropônico tradicional.
De acordo com o diretor Ricardo Rotta, a construção da estufa é responsável pelo maior investimento quando se fala em hidroponia, e essa é uma das vantagens do sistema automatizado. “No tradicional, mais de 30% da área se perde com os corredores, utilizados para semear, transplantar e colher. Sendo assim, o maior investimento já se perde”, destaca. Com as calhas que se movem automaticamente o processo da H2Orta elimina esses corredores. Além disso, equipamentos monitoram a solução nutritiva também de forma autônoma, repondo água e nutrientes conforme a necessidade das plantas. “Os benefícios iniciam aí. Nosso franqueado produz 30% mais na mesma área, além do custo de produção que cai junto com a mão de obra – cerca de 30%”, ressalta Rotta. No sistema convencional, é necessária ao menos uma pessoa a cada 500 metros quadrados de estrutura.
Além da automação na solução nutritiva e nas calhas, a estufa também conta com outros requintes: a tela de sombreamento abre e fecha automaticamente, assim como as cortinas laterais. “O mesmo equipamento que regula os nutrientes mede a umidade relativa do ar e a temperatura, abrindo e fechando conforme as necessidades das plantas”, complementa o diretor. A água utilizada no sistema é bombeada pelos canais, irriga as plantas e é coletada novamente no reservatório. A perda exclusiva é aquela da evapotranspiração realizada pelas hortaliças. “Nesse sistema estima-se que para produzir um pé de alface se consuma apenas 30% da água que se usaria no cultivo tradicional”, enfatiza Rotta. Ao fim do processo, todas as calhas passam por um processo de limpeza e esterilização antes de iniciarem um novo ciclo.
Toda essa tecnologia permite que a produção seja ininterrupta, o que para a hidroponia é fundamental, especialmente quando se fala em mercado de venda. “O número de plantas colhidas por dia é garantido por 365 dias ao ano. É disso que as redes de supermercados precisam, eles não podem ficar sem o produto para o consumidor, e ter esse sistema é uma garantia de que a colheita será diária, além de ter uma produção uniforme”, garante o empresário. “Tecnologia faz toda a diferença. A planta neste sistema é muito diferente da tradicional, não tem circulação de pessoas entre as calhas, não sofre com transplantes consecutivos que prejudicam as raízes e, só por esse fator, cresce mais rápido, tem menor incidência de insetos e conta com uma série de fatores que nos apontam para um caminho acertado”, valoriza.
O caminho da hortaliça hidropônica
Durante todo esse período, diversos cuidados são tomados para evitar que as hortaliças adoeçam e, sobretudo, precisem receber defensivos. “As plantas são seres vivos. Ao longo desses anos, fomos nos assessorando de técnicas e estamos certos de que a planta, se bem nutrida, não adoece e sofre inclusive com menos ataque de insetos. Quanto aos defensivos, queremos desmistificar esse monstro que foi criado em torno deles. Quando estamos com dor de cabeça, tomamos um remédio, a planta reage da mesma forma, o grande problema é que nós não tomamos 10 remédios juntos, e na planta a dosagem e má aplicação são os responsáveis por tornar a produção contaminada. O processo para aplicar um defensivo é dispendioso e nós lutamos ao máximo para evitar que isso seja necessário, e fizemos isso por meio da nutrição”, argumenta Rotta, que complementa que uma das grandes tendências mundiais é a migração dos produtos químicos para os biológicos. O sistema automatizado ainda não está implantado integralmente na unidade de Ivoti.
As franquias
Toda essa tecnologia está presente nas franqueadas da H2Orta – atualmente, além da sede em Ivoti, existem outras três unidades: no município gaúcho de Salvador do Sul (no Vale do Rio Caí), em Tijucas (SC) e em Curitiba (PR). O empreendimento é considerado a primeira franquia brasileira no ramo do agronegócio, com um sistema em desenvolvimento constante e que com projeto de expansão que lista locais onde há mercado para o negócio. No Rio Grande do Sul, alguns desses endereços são os municípios de Passo Fundo, Uruguaiana, Santa Cruz, Santa Maria, entre outros e, no Brasil, todas as capitais. A unidade básica da franquia é de 960 metros quadrados – uma capacidade produtiva de aproximadamente 450 unidades por dia.
Para os interessados em lançar-se em uma franquia da H2Orta o investimento fica na faixa de R$ 300 a R$ 500 mil. “Quem determina o local e o tamanho do negócio é o mercado a ser explorado, mas o investimento desse sistema é compatível com a produtividade e o retorno. Nossa unidade básica possui retorno de investimento em 19 meses”, garante Rotta, que complementa que essa aplicação agrícola pode contar com recursos por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “A H2Orta faz a ligação do nosso franqueado com o banco. Já temos a linha correta e o investidor não precisa perder tempo em fila de banco, basta que tenha garantias”, adianta. Depois de consolidada, a franquia passa por sucessivas avaliações, recebendo um suporte personalizado, consultoria e treinamento de equipes.
No site www.h2orta.com.br, na aba ‘Seja um franqueado’, é possível ter mais informações sobre o empreendimento e, preenchendo um formulário, serão disponibilizados dados mais completos sobre o negócio. Informações também pelo telefone (51) 3563.1555 ou (51) 8404.2690.
Sobre a H2Orta
Descontente com o negócio da qual trabalhava, o empreendedor Ricardo Rotta resolveu buscar novas oportunidades de negócio e, com a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), qualificou-se e decidiu lançar-se na produção sistemática de hortaliças. Nascia assim, há 18 anos, a H2Orta Hidroponia. “Com um plano de negócio, percebi que esse era um mercado extremamente atraente. No início foi complicado, pois há 20 anos não tínhamos nada sobre hidroponia. Hoje, em compensação, existem empresas dedicadas exclusivamente à fabricação de materiais e insumos próprios para o setor no Brasil”, destaca Rotta, que atualmente é presidente da Associação Brasileira de Hidroponia.
A H2Orta possui em seu portfólio hortaliças produzidas em estufas hidropônicas e colhidas diariamente – a capacidade da unidade de Ivoti é de 4 mil unidades por dia. E são justamente os consumidores os responsáveis pelas tendências que hoje comandam as estufas repletas de hortaliças. Na H2Orta, as tradicionais plantas de radite, agrião, rúcula e alface passam por esse processo. A miniaturização das hortaliças, assim como a chamada baby leaf (também conhecida como folhas jovens), ganham as prateleiras dos supermercados. Um dos produtos exclusivos da H2Orta é o mix de folhas jovens, com cinco variedades diferentes em uma única célula. “A mescla dessas folhas torna o prato muito mais atraente, com uma diversidade de cores e sabores, texturas mais delicadas, e também estimulando a questão sensorial do consumidor através de manjericão. É fundamental ver o que o consumidor quer, o caminho é inverso, é preciso perceber lá na ponta as preferências do cliente para depois produzirmos”, destaca o empresário.
Respostas de 4
Boa Noite.
Gostaria de ver um portfólio do projeto básico e como funciona sou do entorno de Brasilia.
Contato
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marcelopeixoto@live.com
Bom dia
Gostaria de saber se voces comercializam mudas de arvores Kiri?
Se, nao, sabem quem vende?
Obrigado
Bernardo
gostaria de saber se vocês compram a produção. caso eu queira fazer uma franquia com vcs