Da agricultura para a agroindústria

Neusa Maria Frare Rossi aproveitou seu dom para a culinária para montar
uma agroindústria familiar no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves

A história de Neusa Maria Frare Rossi começou aos seus sete anos de idade, quando perdeu a mãe. Nascida na Linha Zemith, interior de Bento Gonçalves, Neusa era a irmã mais velha e precisou ajudar na criação dos quatro irmãos mais novos e tomar à frente dos afazeres domésticos, inclusive na cozinha. Foi nessa idade que ela aprendeu a fazer pão. “A primeira vez errei, a segunda vez ficou show de bola”, conta, que hoje, aos 57 anos é proprietária de uma agroindústria familiar que produz, é claro, pães. São 50 anos acrescentando aos ingredientes do pão uma dose de amor e sabedoria.
É com a ajuda do marido, o agricultor Vanir Rossi, 59 anos, que eles levam adiante o trabalho com os parreirais e a agroindústria.  Residentes no Distrito de Tuiuty e pais de dois filhos: Anderson, 28, e Giana, 24, o casal juntou a dificuldade que o setor da uva vinha apresentando com a vontade de Neusa em fazer produtos coloniais. E isso já tem 20 anos.

Nos dias mais trabalhosos, Neusa conta com o auxílio da sua irmã, Nilza. (Foto: Larissa Verdi)
Nos dias mais trabalhosos, Neusa conta com o auxílio da sua irmã, Nilza. (Foto: Larissa Verdi)

Cooperativa Garibaldi comemora faturamento de R$ 69 milhões

Assembleia Geral Ordinária aconteceu no dia 28 de março. (Foto: Larissa Verdi)
Assembleia Geral Ordinária aconteceu no dia 28 de março. (Foto: Larissa Verdi)

A Cooperativa Vinícola Garibaldi fechou 2013 com um faturamento de R$ 69 milhões, marca recorde nos últimos cinco anos. O resultado financeiro foi apresentado na Assembleia Geral Ordinária da cooperativa no dia 28 de março.
Em 2013, os associados colheram 15,2 milhões de quilos de uvas que deram origem à produção surpreendente e também recorde de 1,25 milhões de garrafas de espumantes – cerca de 10% acima do ano anterior -, e de 5,75 milhões de litros de sucos de uva – 64% mais do que em 2012. A escala impressionante da produtividade da vinícola foi impulsionada pelos investimentos em equipamentos, que somaram R$ 1,7 milhão no ano passado. “Superamos nossas expectativas de vendas em 2013. A safra 2014 fechou em 15,6 milhões de quilos de uva, um leve crescimento em relação a anterior”, observa o presidente da cooperativa, Oscar Ló.
O dirigente ressalta que a evolução dos ganhos da cooperativa tem base no investimento sistemático em novos equipamentos, que chega a R$ 18 milhões nos últimos nove anos. “Podemos afirmar que vivemos uma década de crescimento acelerado que, a cada ano, valoriza mais o trabalho de nossos associados”, afirma Ló.
Os dados apresentados na Assembleia Geral Ordinária da cooperativa apontam ainda que 600 mil garrafas de vinhos finos elaborados pela empresa foram consumidos em 2013. “O hábito de saborear vinhos é cada vez mais comum em todos os estados do país e nossos cooperativados trabalham para atender a uma demanda crescente do mercado nacional e internacional”, aponta o executivo.  Ao tratar da expansão da vinícola no exterior, o presidente destaca a conquista, em 2013, de mercados no Canadá e em Angola, países que, ao lado da China, dos Estados Unidos, da Alemanha, da Suécia e de Cuba fazem parte do leque de exportações da empresa.
Ele também ressalta o alto nível dos vinhos com a marca Garibaldi, que conquistaram 22 medalhas em 2013 no mundo todo, comprovando que o terroir da Serra Gaúcha tem prestígio internacional.  “Os espumantes Garibaldi Moscatel e Garibaldi Brut Chardonnay são as principais estrelas quando falamos em premiações, mas podemos afirmar que todos os nossos vinhos finos têm sua qualidade reconhecida”, observa o dirigente. “Além disso, a Cooperativa Vinícola Garibaldi alcançou a expertise nesse segmento e é uma das empresas mais tradicionais do país. Isso nos faz uma referência em qualidade e é a fonte de todo o nosso sucesso”, conclui.
Ao todo, são 350 famílias associadas, de 12 municípios gaúchos, que cultivam 850 hectares de videiras.

 

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