Do barril para a folia: Vinícolas apostam em festivais e turismo de experiência para crescer

Festivais temáticos e experiências imersivas movimentam o setor e impulsionam o enoturismo no Brasil
Divulgação/Miolo

O enoturismo brasileiro tem se consolidado como uma estratégia fundamental para impulsionar o setor vitivinícola, ampliando o público consumidor e fortalecendo a economia local. Em 2023, a viticultura nacional movimentou cerca de R$ 5 bilhões, demonstrando o impacto desse segmento. Além disso, segundo a Future Market Insights, o mercado global de enoturismo deve crescer a uma taxa média de 12% ao ano até 2033, impulsionado pela busca dos consumidores por experiências autênticas e imersivas.

Eventos temáticos têm sido uma das apostas das vinícolas para atrair novos visitantes e gerar experiências memoráveis. O Carnavale, realizado nos jardins da Vinícola Miolo no Vale dos Vinhedos, é um exemplo do sucesso desse modelo. Em 2025, o festival chega à sua 10ª edição, consolidando-se como um dos maiores eventos de vinho e entretenimento do Brasil. Durante três dias e três noites, o evento reúne atrações musicais ao vivo, gastronomia assinada por chefs renomados e uma carta de vinhos e espumantes da Miolo, além de espaços exclusivos para crianças e pets.

A tendência do enoturismo experiencial não se restringe ao Carnaval. Datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães, Réveillon vêm sendo exploradas por vinícolas para ampliar a oferta de eventos e atrair diferentes perfis de público. Além de agregar valor à experiência do consumidor, essa estratégia fortalece a identidade cultural da região e impulsiona o comércio local.

De acordo com pesquisa do Sebrae, mais de 85% das vinícolas brasileiras já incorporaram o enoturismo às suas atividades, oferecendo desde visitas guiadas e degustações até eventos gastronômicos, esportivos e culturais. Essa diversificação permite que as vinícolas ampliem sua base de clientes, fidelizem consumidores e aumentem a rentabilidade do negócio.

A transformação do setor vitivinícola mostra que o consumo de vinho vai além da taça. Os consumidores modernos buscam momentos e vivências que envolvam cultura, lazer e gastronomia. Ao integrar festivais ao calendário de eventos das vinícolas, o mercado brasileiro não só segue as tendências globais, mas também cria novas formas de valorização da produção nacional.

Com um cenário favorável e consumidores cada vez mais engajados em experiências personalizadas, o enoturismo brasileiro continua a expandir suas fronteiras, consolidando-se como um dos segmentos mais promissores do setor vitivinícola.

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