Sul de Minas conquista Indicação Geográfica para Vinhos de Inverno e marca nova era para a vitivinicultura brasileira

Reconhecimento reforça identidade, qualidade e projeção internacional dos vinhos da região

A vitivinicultura brasileira acaba de alcançar um novo patamar de reconhecimento com a concessão da Indicação Geográfica (IG) para os Vinhos de Inverno do Sul de Minas. Essa conquista histórica evidencia o potencial da região e solidifica sua identidade no cenário nacional e internacional.

O selo de Indicação Geográfica certifica a procedência e a qualidade dos vinhos produzidos sob o sistema da dupla poda, uma técnica inovadora que permite a colheita das uvas no inverno, quando o clima seco e a ampla amplitude térmica favorecem a produção de vinhos finos de alta qualidade.

A oficialização da IG reforça a vocação do Sul de Minas como um polo emergente da viticultura e impulsiona a economia local, atraindo investimentos, fortalecendo o enoturismo e estimulando ainda mais a busca por excelência entre os produtores da região.

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Vinho de Inverno (Anprovin), Claudio Góes, celebrou a conquista e destacou a relevância do reconhecimento para o setor:

“A conquista da Indicação Geográfica para os Vinhos de Inverno do Sul de Minas é um marco histórico para a viticultura brasileira. Esse reconhecimento não apenas fortalece a identidade e a qualidade dos nossos vinhos, mas também impulsiona o desenvolvimento regional, atraindo investimentos e consolidando o Brasil como uma referência internacional na produção de Vinhos de Inverno. Estamos vivendo um momento extraordinário de crescimento e valorização da nossa produção, e essa IG reforça o compromisso da ANPROVIN com a excelência e a inovação do setor.”

A certificação, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), garante que os vinhos do Sul de Minas possuem características únicas e são produzidos de acordo com padrões rigorosos de qualidade.

O sistema da dupla poda, amplamente adotado na região, revolucionou a produção vitivinícola no Brasil ao inverter o ciclo natural da videira. Essa técnica possibilita a colheita das uvas no inverno, garantindo uma maturação ideal e preservando a integridade dos aromas e sabores.

Com um terroir privilegiado e a aplicação de tecnologias avançadas, os vinhos do Sul de Minas vêm conquistando cada vez mais apreciadores e premiações no Brasil e no exterior. A IG, além de chancelar essa qualidade, abre novas oportunidades para a exportação e o fortalecimento da marca regional no mercado global.

O que a Indicação Geográfica representa para os produtores?

  • Valorização do produto: a certificação diferencia os vinhos do Sul de Minas, agregando valor e reconhecimento ao rótulo.
  • Proteção da identidade regional: assegura que apenas os vinhos produzidos na região e seguindo critérios específicos possam utilizar a denominação da IG.
  • Impulso ao enoturismo: a IG reforça o potencial turístico da região, atraindo visitantes interessados na experiência dos Vinhos de Inverno.
  • Estímulo à inovação e investimento: com mais credibilidade, os produtores podem buscar novos mercados e investimentos em tecnologia e infraestrutura.

 

Futuro dos Vinhos de Inverno no Brasil

Com a Indicação Geográfica do Sul de Minas, o Brasil dá mais um passo na consolidação de sua vitivinicultura, demonstrando que a inovação e a adaptação ao terroir local podem gerar produtos de excelência reconhecidos globalmente.

Esse marco não apenas fortalece a competitividade dos vinhos brasileiros, mas também reforça a vocação do país para a produção de vinhos finos em diferentes regiões e condições climáticas.

Para os apreciadores e investidores do setor, a IG do Sul de Minas é um sinal claro de que os Vinhos de Inverno vieram para ficar – e com um futuro promissor pela frente.

Foto: Divulgação/Anprovin

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