Tema foi objeto de estudo no Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão Vitivinícola da Universidade de Caxias do Sul
A evolução tecnológica da cadeia produtiva da uva e do vinho é um dos desafios enfrentados pelo setor vitivinícola brasileiro, majoritariamente concentrado no Rio Grande do Sul, mais especificamente na região da Serra Gaúcha. Este foi um dos aspectos que justificaram a criação pela Universidade de Caxias do Sul do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão Vitivinícola, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia. Iniciado em 2011, com conceito 4 da Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, esse mestrado, com ênfase em enologia, viticultura e gestão vitivinícola, foi criado para qualificar os profissionais do setor, fazendo a interrelação entre a investigação, o ensino, a produção e a indústria.
A primeira dissertação desse Mestrado foi realizada por João Carlos Taffarel, no dia 18 de julho, orientado pela professora Dra. Ivanira Falcade. João Carlos estudou o perfil da vitivinicultura realizada no município de Farroupilha, visando melhorar a produção das vinícolas que compõem a Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados – Afavin. João Carlos trouxe para o curso a sua experiência profissional na Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, onde é analista, e na vitivinicultura, além das suas demandas como empresário do setor vitivinícola, o que está bem de acordo com a configuração de um mestrado profissional, modalidade de curso de pós-graduação stricto sensu concebida pelo MEC para incentivar a formação de mestres habilitados no desenvolvimento de atividades e trabalhos técnico-científicos em temas de interesse essencialmente tecnológico, estreitando as relações entre a universidade e o setor empresarial.
No mestrado, João Carlos estudou o perfil da vitivinicultura vinculada à Afavin e a identificação de gargalos como subsídio para a definição de demandas e transferência de tecnologia. O recém mestre explica de que maneira essa pesquisa pode contribuir para a qualificação das vinícolas associadas à Afavin: “A Embrapa Uva e Vinho, a UCS e a Afavin vem desenvolvendo a “Indicação de Procedência Farroupilha” e a minha pesquisa vem contribuir no sentido de identificar o perfil dos agentes envolvidos, tanto os produtores de uvas como as vinícolas vinculadas ao projeto. A partir desse perfil foi possível identificar gargalos tecnológicos da produção de uvas e das vinícolas. A minha contribuição é propor mecanismos de transferência de tecnologia para superar alguns desses gargalos e identificar demandas de pesquisa e desenvolvimento, bem como ações de políticas públicas que não dependem de transferência de tecnologias nem de pesquisa e desenvolvimento”.